"To educate and inspire all students..."





Quem me acompanha no FB e também no blog sabe que não sou admiradora devotada do American Way of Life, muito pelo contrário. Acredito que os americanos poderiam levar uma vida muito mais plena e alegre diante da grandeza natural e estrutural do país no qual nasceram. São inegáveis as belezas da Natureza, bem como das criações humanas desse território bem cuidado, organizado e seguro chamado Estados Unidos da América.

Todavia, os americanos são duros, pouco flexíveis com os outros e consigo mesmos. Vivem numa teia neurótica de vilões que a sua indústria cultural reforça a cada novo filme de Hollywood: é medo de terroristas; de psicopatas, de pedófilos; de franco-atiradores; de insanos com uma arma na mão (de fato, o único medo que realmente deveriam ter, uma vez que estimulam e liberam o uso de armamento por quase quem quer que seja). 

Negros e brancos seguem se aturando numa convivência paralela forçada. Caminham lado a lado, porém não se esbarram, não se tocam, não baixam a guarda. A barreira invisível entre as duas sociedades está lá desde os tempos da escravidão, quase tão palpável quanto o muro que Trump pretende erguer entre o universo hispânico e o microcosmo branco adulto sempre no comando. Muro que não vai mudar a equação complexa que se tornou a vida nos EUA: os hispânicos agora formam a terceira linha paralela de existência, não interagindo com os negros e muito menos com os brancos. 

Talvez o único espaço no qual as três comunidades tenham as mesmas oportunidades de crescimento pessoal seja a escola pública. Por isso, dentre todas as qualidades dessa nação, a que mais admiro é constatar que em qualquer vila, qualquer cidadezinha, qualquer metrópole, de leste a oeste; de norte a sul, as escolas são, de longe, as edificações mais imponentes, conservadas e bonitas de todos os distritos. Os arredores podem estar bem decadentes, como já observei várias vezes, entretanto, qualquer escola (elementary, middle, high school, college, university) reluz, se destaca na paisagem. Dá gosto de ver! 

O valor dado à Educação aqui não é frívolo, porém sólido como as colunas greco-romanas que costumam embelezar as instituições públicas de ensino nos EUA.

"Um país se faz com homens (subentende-se idealistas, íntegros, éticos) e livros" (subentende-se bibliotecas majestosas e numerosas; leitores assíduos; literatura acessível a todos gratuitamente ou a preços módicos). Que lástima, o Brasil ainda é carente dos dois, caro Lobato!





Comentários

  1. Já li no blog. E estou com uma certa inveja de vc. Inveja de sua idade e da oportunidade que se vislumbra à sua frente sem que vc a aproveite.
    Eu realmente perdi o restinho de esperança que tinha no Brasil. As coisas só pioram. E quem tem os instrumentos para mudar alguma coisa são os mesmos que nos levaram onde estamos.
    Acho que o futuro de seus meninos seria mais interessante em terras do tio Sam.
    Em todo caso desejo uma retorno feliz para voces. É em novembro não é?

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  2. Ótimo.
    De fato, ter boas escolas, deveria ser a prioridade número um desse nosso país.
    Infelizmente estamos longe....
    Muito longe.

    Beijo,

    Paulo Magno

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  3. Pensei em vc hje.
    Que Deus continue lhes abençoando.


    Bjus
    Davide

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  4. Luciana,

    Não há dúvida de que a educação é um dos principais diferenciais - senão o principal - para o desenvolvimento social.

    Quem dera, aqui nessa terra brasilis, assim fosse também.

    Não só ter um prédio bacana, mas também com gente bem paga, motivada, e dedicada ao trabalho.

    Sonhemos...

    Paulo Magno

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